Pesquisar

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Texto Reflexivo

Olá Amigo Educador !
Que tal ler o texto abaixo??? Ele tem uma mensagem para nossa vida pessoal e profissional também....

A Águia e a Galinha

Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um biólogo. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o biólogo:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia !
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
-Não – retrucou o biólogo. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas... -Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia!!Então decidiram fazer uma prova:
O biólogo tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do biólogo. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o biólogo. Ela é uma águia!
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o biólogo subiu com a águia no teto da casa e sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não – respondeu firmemente o biólog. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o biólogo e o camponês levantaram bem cedo.Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o biólogo e segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico krau-krau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

- Irmãos e irmãs! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias!!!!! Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

(Leonardo Boff)

Após ler o texto com muita atenção, questione no mais íntimo do seu coração:

- Será que estou ensinando meus alunos a serem "águias ou galinhas" ?

- O biólogo foi o único a acreditar no potencial da águia e se dispôs a ajudá-la.E você? Acredita no potencial do seu aluno ? Se dispõem a ajudá-lo ?

E lembre-se:

Na nossa vida encontramos muitos obstáculos e pessoas pessimistas.Não deixe que um simples "camponês " lhe diga o que você é! Mostre que você é uma águia... Disposta a inovar, buscar as alturas e a imensidão do horizonte!!!!!

Abraços,

Profª Mirna Aguiar

Mensagem às Equipes Gestoras

Bom dia, Gertor(a)e Coordenadores de Ensino e Pedagógico !!!!

Abaixo encontra-se o nosso cronograma de Formação com as Equipes Gestoras para sua consulta.

Contamos com sua presença!

Esta Equipe de Ensino está contando os minutos para a realização das formações. É sempre bom podermos compartilhar experiências e novos conhecimentos.

Abraços,

Profª Mirna Aguiar





Mês e data:

Março: 31 (quarta-feira)
Abril: 30 (quarta-feira)
Maio: 28 (sexta-feira)
Junho: 30 (quarta-feira)


Obs: Em julho ocorrerá nova capacitação com as Equipes Gestoras e logo em seguida será elaborado o restante do cronograma referente aos demais meses. 05

Mensagem aos Amigos Educadores

Bom dia, amigo Educador!!!!

Esta mensagem é para refletirmos sobre a importância do nosso papel de educadores e também da leitura na nossa vida.Foi escolhida porque combina, e muito, com o novo momento que estamos vivendo na Educação do nosso Estado:O desafio de incorporar no planejamento do Professor atividades de leitura e escrita em todas as disciplinas e séries/anos.

Um forte abraço!!!

Equipes do Núcleo de Educação de Sena Madureira


Carta de Paulo Freire aos Professores

Paulo Freire

Ensinar, aprender: leitura do mundo, leitura da palavra

NENHUM TEMA mais adequado para constituir-se em objeto desta primeira carta a quem ousa ensinar do que a significação crítica desse ato, assim como a significação igualmente crítica de aprender.É que não existe ensinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende. Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem ensina aprende, de um lado, porque reconhece um conhecimento antes aprendido e, de outro, porque, observado a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinando-se, sem o que não o aprende, o ensinante se ajuda a descobrir incertezas, acertos, equívocos.
O aprendizado do ensinante ao ensinar não se dá necessariamente através da retificação que o aprendiz lhe faça de erros cometidos. O aprendizado do ensinante ao ensinar se verifica à medida em que o ensinante, humilde, aberto, se ache permanentemente disponível a repensar o pensado, rever-se em suas posições; em que procura envolver-se com a curiosidade dos alunos e dos diferentes caminhos e veredas, que ela os faz percorrer. Alguns desses caminhos e algumas dessas veredas, que a curiosidade às vezes quase virgem dos alunos percorre, estão grávidas de sugestões, de perguntas que não foram percebidas antes pelo ensinante. Mas agora, ao ensinar, não como um burocrata da mente, mas reconstruindo os caminhos de sua curiosidade — razão por que seu corpo consciente, sensível, emocionado, se abre às adivinhações dos alunos, à sua ingenuidade e à sua criatividade — o ensinante que assim atua tem, no seu ensinar, um momento rico de seu aprender. O ensinante aprende primeiro a ensinar mas aprende a ensinar ao ensinar algo que é reaprendido por estar sendo ensinado.
Enquanto preparação do sujeito para aprender, estudar é, em primeiro lugar, um que-fazer crítico, criador, recriador, não importa que eu nele me engaje através da leitura de um texto que trata ou discute um certo conteúdo que me foi proposto pela escola ou se o realizo partindo de uma reflexão crítica sobre um certo acontecimentos social ou natural e que, como necessidade da própria reflexão, me conduz à leitura de textos que minha curiosidade e minha experiência intelectual me sugerem ou que me são sugeridos por outros.
O ato de estudar implica sempre o de ler, mesmo que neste não se esgote. De ler o mundo, de ler a palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita. Mas ler não é puro entretenimento nem tampouco um exercício de memorização mecânica de certos trechos do texto.
Se, na verdade, estou estudando e estou lendo seriamente, não posso ultra-passar uma página se não consegui com relativa clareza, ganhar sua significação. Minha saída não está em memorizar porções de períodos lendo mecanicamente duas, três, quatro vezes pedaços do texto fechando os olhos e tentando repeti-las como se sua fixação puramente maquinal me desse o conhecimento de que preciso.
Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha. Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido; daí, entre outros pontos fundamentais, a importância do ensino correto da leitura e da escrita. É que ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão. Da compreensão e da comunicação.
Uma das formas de realizarmos este exercício consiste na prática que me venho referindo como "leitura da leitura anterior do mundo", entendendo-se aqui como "leitura do mundo" a "leitura" que precede a leitura da palavra e que perseguindo igualmente a compreensão do objeto se faz no domínio da cotidianidade. A leitura da palavra, fazendo-se também em busca da compreensão do texto e, portanto, dos objetos nele referidos, nos remete agora à leitura anterior do mundo. O que me parece fundamental deixar claro é que a leitura do mundo que é feita a partir da experiência sensorial não basta. Mas, por outro lado, não pode ser desprezada como inferior pela leitura feita a partir do mundo abstrato dos conceitos que vai da generalização ao tangível.

Fonte:

Estudos Avançados
Print version ISSN 0103-4014
Estud. av. vol.15 no.42 São Paulo May/Aug. 2001
doi: 10.1590/S0103-40142001000200013 ENSINO BÁSICO

Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo
Av. Professor Luciano Gualberto, Trav. J - 374
05508-900 São Paulo SP Brasil
Tel: +55 11 3091-3919 / 3091-4442
Fax: +55 11 3091-4306

estudosavancados@usp.br